Maior rede social do mundo, o Facebook não se destaca apenas pelos bilhões de usuários que conquistou. Uma disputa emblemática entre os fundadores virou até cena de cinema e tem muito a nos ensinar sobre o Acordo de Sócios.

O match perfeito?

Foi em Harvard que Mark Zuckerberg criou o Facemash, uma versão inicial da plataforma. E conheceu o amigo Eduardo Saverin, famoso no campus por sua aptidão financeira.

Parecia o match perfeito para melhorar a ideia e lançar o Facebook. Zuckerberg, o programador. Saverin, o homem de negócios. 

Mas a amizade acabou virando caso de justiça e algumas dessas diferenças você descobre a seguir.

1. Objetivos diferentes

100% focado na startup, Zuckerberg abandonou Harvard e se mudou para o Vale do Silício em busca de investimentos. 

Segundo ele, Eduardo Saverin estava mais focado em outro negócio, a rede Joboozle. Além disso, Saverin não abriu mão da faculdade e depois de formado permaneceu em New York.

2. Atribuições desajustadas

Zuckerberg alegou que Saverin deveria ter feito 3 coisas: criar a empresa, obter um financiamento e desenvolver um modelo de negócios, mas falhou em todas elas. 

Saverin, no entanto, acreditava que estava cumprindo o seu papel na companhia. Será que essas 3 coisas estavam apenas na mente de Zuckerberg?

3. Confusão no ingresso de sócios e investidores

No Vale do Silício, Zuckerberg encontrou outra pessoa com perfil de negócios. Sean Parker, criador da plataforma Napster. Ele tinha boa circulação entre investidores e chegou a ocupar a Presidência do Facebook. 

No entanto, Saverin não gostou da interferência e a relação desandou de vez.

Zuckerberg chegou a criar uma jogada societária para diluir a participação do co-fundador na companhia, drama retratado em uma cena do filme “The Social Network”. Ao final, o caso foi parar na justiça. 

Na matéria da Revista Super Interessante você também pode consultar mais detalhes dessa trama. 

A solução 

No Brasil, questões como essas podem ser resolvidas com o Acordo de Sócios, contrato particular feito além do ato constitutivo da sociedade.

A estrutura societária básica fica definida na Junta Comercial, com o mínimo exigido por lei. 

Fora da Junta, contudo, podem-se fixar cláusulas complementares, para garantir a boa relação dos sócios e o futuro do negócio. Ex. Planejamento, atribuições, modo de tomar decisões, exit e investimentos, entre outros.

Este contrato traz diversos benefícios:

  • Alinha as expectativas e objetivos dos sócios;
  • Mantém a estratégia empresarial em sigilo, pois dispensa o registro;
  • Facilita atualizações e reduz burocracia.

Desse modo, o Acordo de Sócios é fundamental para o sucesso da startup. Além de ser uma segurança aos founders, demonstra profissionalismo e pode ser visto com bons olhos pelo investidor.

A maior rede social do mundo acabou virando caso de justiça, mas você não precisa cometer o mesmo erro. Entre em contato para saber mais.

Obs. Este Insight empresta os fatos do facebook para fins didáticos, à luz da legislação brasileira. O objetivo aqui não é analisar os contratos da companhia ou o caso concreto de acordo com a legislação norte-americana.

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